O Que e o Porquê

Realização de uma série de ’lives’ com militantes brasileiras, mulheres que estiveram envolvidas nas lutas contra o golpe de 64 e a ditadura civil-militar e continuam atuando contra o fascismo, contra a violência, contra a tortura institucional e pelo resgate da memória dessa história.

Com o material registrado nas ‘lives’ faremos a edição de curtos episódios temáticos. A etapa de edição será precedida por pesquisa iconográfica, reunindo acervo para composição dos vídeos.

A partir de uma breve biografia, os depoimentos da série abordarão as circunstâncias do engajamento na militância, as principais articulações, organizações e movimentos em que participaram ao longo de suas trajetórias – incluindo os momentos de maior medo, tensão e vitórias. Também será pauta a discussão de como foi conciliar filhos e profissão com o ativismo. Como analisam as lutas identitárias no Brasil, o feminismo, o anti-racismo, as pautas LGBTQ+. Como percebem o preconceito contra os idosos em nossa sociedade.

Neste momento de pandemia, essas mulheres – que fazem parte do grupo de risco para Covid-19 – estão impossibilitadas de irem mais uma vez às ruas cerrar fileiras contra a degradação das condições de vida e das relações políticas, fragilizadas por ataques diários às instituições democráticas brasileiras. Que sentimentos essa conjuntura suscita? Como veem o processo acentuado de polarização ideológica direita X esquerda?

Há muito tempo desejamos ouvir e documentar essas resistentes. Nas circunstâncias da quarentena, enxergamos a viabilidade de transpor essa ideia às telas. É inegável a importância de suas experiências e ideias para compreensão da realidade que atravessamos já que, inclusive, muitas dessas mulheres são figuras públicas presentes em vasto material audiovisual.

A Realização

Faremos encontros remotos com a participação de jornalistas, documentaristas, historiadores e familiares. Também traremos jovens militantes, instigando a discussão sobre as mudanças nas práticas políticas e formas de ocupação das ruas. As ‘lives’, divulgadas e compartilhadas nas mídias sociais, irão possibilitar a interação com o público, repercutindo o debate.

Focando em nos manter no contexto da pandemia, a agenda dos encontros deve acontecer durante os meses de julho e agosto de 2020.

A popularização da web e maior aceitação de suas precariedades técnicas, aceleradas pelo isolamento social, põem à disposição uma alternativa de produção de baixo custo. Os profissionais serão convidados a contribuir voluntariamente com o projeto e, para custear a finalização dos vídeos, proporemos uma campanha de financiamento coletivo.

Formatos

‘Lives’ de 90 minutos com a personagem e até 3 convidados em transmissões simultâneas no Facebook e YouTube. Após a transmissão os conteúdos ficam disponíveis na rede.

Vídeos de 04 a 05 minutos destacando os pontos mais interessantes dos encontros, tecendo um panorama das discussões. A série ficará disponível na rede.


Concepção do Projeto

Flavia Celestino, com a colaboração de todos os envolvidos.