Angela Mendes de Almeida
Teve sua vida transformada depois que seu companheiro, Luiz Eduardo Merlino, foi assassinado sob tortura no DOI-CODI de São Paulo, em 19 de julho de 1971. Desde então sua militância foi marcada pelo dever de memória. Também, em virtude dessa morte e de outras circunstâncias, permaneceu fora do Brasil por dez anos.
No plano profissional, Angela deu aulas em Lisboa (ISCTE) e no Rio de Janeiro (UFRRJ), voltando para São Paulo, sua terra natal, depois da aposentadoria, em 2000.
Seus trabalhos acadêmicos foram sobre história da famiília, dela na sociedade brasileira e da mulher. Em outro registro, também trabalhou sobre história do comunismo, sobre a qual publicará em breve um livro.
Em São Paulo sua militância e atividade acadêmica debruçou-se sobre os Direitos Humanos e o trabalho sobre Memória, Verdade e Justiça. Criou o site Observatório das Violências Policiais – São Paulo, do qual foi coordenadora de 2005 a 2015. Desde 2006 o site do OVP-SP foi integrado ao CEHAL (Centro de Estudos de História da América Latina) da PUC-SP.